ASSUNÇÃO DE MARIA
A Assunção de Maria é dogma de fé proclamado pelo Papa Pio XII, em 1º de novembro de l950, que explica o seu significado teológico e vital. É uma das três solenidades marianas celebradas no ano litúrgico, tanto no Oriente como no Ocidente.
FUNDAMENTOS BÍBLICO. A declaração da Assunção de Maria está fundamentada na Sagrada Escritura. Isto é, tem sua origem nos textos bíblicos, como encontramos em:
Gn 3,15 que contém a promessa do Pai de enviar o Salvador que vencerá a serpente, vindo da Mulher, prefiguração de Maria.
O segundo está em Ex 20,12: “honra teu pai e tua mãe”. O nosso Redentor é filho de Maria. Ele não poderia deixar de honrar a Mãe, livrando-a da corrupção do sepulcro. Outro está em Is 60,3 Vulgata): Glorificarei o lugar onde meus pés se apoiarem”. O corpo da Virgem é o lugar onde o Senhor pôs seus pés.
O Salmo 45, 10.14-16 canta: À tua direita uma dama com ouro de Ofir... vestida com brocados, a filha do rei é levada para dentro, até o rei...”.
O Salmo 132, 8 (Vulgata): “Levanta-te, Senhor, para o teu repouso, tu e a arca de tua santificação. A Arca da Aliança, de madeira, é colocada no templo, Maria é a arca preservada de toda a corrupção do sepulcro e elevada à glória do céu.
Ct 3, 6 (cf 4,8 e 6,9. A esposa do Cântico dos cânticos, subindo do deserto como coluna de fumaça perfumada com incenso e mirra, para ser coroada, é figura da Esposa Celeste juntamente com seu Esposo, elevada ao reino dos céus.
Lc 1,28 O “Ave cheia de graça, o Senhor está contigo, bendita és tu entre as mulheres”, é um complemento da graça concedida à bem-aventurada Virgem em oposição à antiga Eva.
Ap 12 é uma referência à Virgem, “mulher vestida de sol”, glorificada com o Filho na Jerusalém Celeste.
VISÃO PASTORAL.
A solenidade da Assunção da Mãe de Deus nos convida à participação total na vida do seu Filho e na da Igreja. Todo o mistério pascal de Cristo se realiza também em Maria, porque ela participou unida ao seu Filho na salvação da humanidade, é impossível separá-la do Filho, inclusive na glorificação. Como Maria se associou à Paixão do Filho, pela misericórdia divina está também inserida no mistério pascal. Então por que não deveria ser exaltada pelo Filho, não permitindo-lhe a corrupção do sepulcro, levando-a em corpo e alma ao céu?
Como Mãe da Igreja, filha dileta do Filho, Maria é eleita para permanecer junta da Igreja. Como ela acompanhou o Filho até à ressureição, ela não se desliga dos filhos. A boa nova da ressurreição de Cristo faz a Igreja toda dela participar, e com Maria, na sua Assunção em corpo e alma, outra coisa não é do que a garantia de que seremos a ela associados. O mistério da Mãe encontra o seu sentido no mistério do Filho, e no mistério de ambos está a nossa vocação. Construímos a Igreja porque somos de Cristo e de Maria. O Filho e a Mãe já estão, juntos, glorificados, resta-nos, depois de cumprir nossa missão, participar dessa glorificação.