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EXIGÊNCIAS PARA SE SALVAR (Lc 13,22-30).

Jesus está se dirigindo para Jerusalém, e como um evangelizador exemplar, é cercado por várias pessoas e, passando por povoados e aldeias, não deixa de ensinar em suas praças. Jerusalém é a meta da sua viagem, onde haverá a plena manifestação da sua divindade e a conclusão da pregação sobre o Reino de Deus, consumada na cruz e na ressurreição. Entre a multidão, há um curioso que quer saber sobre os detalhes da salvação: “São poucos os que se salvam? É um assunto bem discutido no meio judaico, pelos mestres da Lei. Acreditava-se que o povo de Israel tinha garantida a sua salvação por ser o povo da Aliança, enquanto alguns grupos não pensavam assim, achando que são poucos os que se salvariam. Jesus não entra nessa discussão nem dá informações sobre essa polêmica, mas faz uma exigência comum. Ele não quer conversar sobro futuro, mas lembra que o futuro precisa agora de renúncias, sacrifícios, muita penitência para emagrecer das coisas do mundo, porque a porta do céu é apertada e que a qualquer momento será fechada. E depois de fechada não será aberta. Não deixar para depois. Outra coisa: não haverá privilégios nem padrinhação. Não adiantará dizer que fazia parte das celebrações no Templo, que pagava o dízimo. Não há pessoas recomendadas junto de Deus. Nem adianta dizer que “comemos e bebemos junto de ti e te ensinamos nas praças”. As exigências são uma conversão radical, mudança de direção para sair do mundo e ir ao encontro do Cristo.

Essas observações de Jesus são para os mestres judeus que exigiam muito do povo, mas nada praticavam; são aqueles que Jesus os chamava de hipócritas, sepulcros caiados. Essa realidade pode ser, também, aplicada a muitos cristãos, hoje. Alguns julgam que, por participar de alguma pastoral, ir à missa todos os domingos, devolver o dízimo, já comprou o céu. Como os judeus que não aceitaram o Cristo e foram substituídos pelos gentios, hoje pode acontecer com alguns cristãos, como Isaías 66, 19-21 fala sobre os últimos eleitos.

Não podemos nos agarrar a uma falsa segurança, porque no momento do julgamento não basta choro, apelações. Seremos reconhecidos por nossas obras e não por falação. Tiago nos lembra que falação sem obras nada vele; a fé é morta, não serve para nada; precisamos de fé e obras simultaneamente para ganhar a vida eterna. A resposta de Cristo não é para satisfazer grupinhos, mas para dizer que sua missão é para aqueles que aceitam sua proposta redentora, por isso “haverá últimos que serão os primeiros, e primeiros que serão os últimos”.

Nós, como Igreja, devemos pensar sobre a nossa situação, hoje. Retirar de nossa vida a apatia, a falsa consciência, a lassidão, a preguiça. A resposta está na Igreja missionária que Lucas nos apresenta na caminhada de Jesus, indo para Jerusalém, entrando nas casas das pessoas, parando em suas esquinas, conversando com as gentes, ouvindo suas angústias, falando do Evangelho que salva. Encontrando a Igreja encontra Jesus, entra na vida eterna.

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