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Ano A – 32º DOMINGO DP TCA VIVILÂNCIA CONTINUA


Neste Domingo, a Liturgia nos convida a uma revisão de vida, pois a caminhada para Reino de Deus está chegando ao fim. Provérbios, na primeira leitura: 31, 10-13.19-20.30-31, apresenta a figura da mulher prudente que dá segurança e estabilidade ao lar. Ele contém a união de virtudes, é um presente de Deus que se dedica com energia em sua tarefa feminina. Ela é a imagem da Igreja preparada pelo Pai e instituída pelo Filho, prefigurada no Antigo Testamento e anunciada pelo Salvador, por isso Provérbios pergunta: Quem encontrará uma mulher forte? É a dificuldade em encontrá-la, mas não impossível. Essa mulher forte é a Igreja, mãe da humanidade, aberta a todos e se entrega sem reservas como o fez seu Fundador, Jesus Cristo.

O Apóstolo, na segunda leitura desta liturgia, 1Ts 5, 1-6, adverte sobre a vida do Senhor, sem aviso prévio. É uma advertência muito clara e lembra que não devemos continuar nas trevas do pecado Recorda a parusia, que tratamos no domingo passado, e não permanecer na falsa segurança de uma consciência mal formada. Paulo usa de sua experiência colocando a luz contra as trevas, a verdade contra o pecado. A nossa vocação tirou-nos do mundo das trevas e nos prepara para a luz eterna. É por foça da livre adesão ao evangelho que nos tornamos partícipes do mundo luminoso da salvação divina, como também, por sua rejeição, somos condenados à destruição eterna.

A parábola dos talentos, 25,14-30 fala de um homem que tendo que se ausentar, chama seus servos e lhes confia alguns bens, de acordo com a capacidade administrativa de cada um. Sendo administradores, devem aumentar o patrimônio. No retorno do senhor, e com a prestação de contas, recompensa pelo resultado administrativo. Este homem não é um comerciante qualquer, mas o Cristo que confiou seu Evangelho à comunidade. Com a parusia, vem a preocupação de cada um, prestando contas do trabalho, até chegar ao que nada fez. Pensa-se que Jesus queria destacar, na parábola, a conduta do preguiçoso que não trabalha para o Reino, e por ele, estipular a premiação dos servos prudentes e operosos. Mais que a preguiça, realça o temor daquele servo que não quis correr o risco do investimento. Mas enganou-se, pois não conhecia o patrão e como ele tratava os irresponsáveis. Este servo medroso e comodista representa, na Igreja, os conhecedores fundamentalistas da lei que, seguindo-a fielmente, ponto por ponto, já cumprem seus deveres, mas desconhecem as exigências fundamentais da missão. São “os religiosos”. Hoje pode ser aquele que vai à missa dominical, se confessa, devolve o dízimo, mas descuida da caridade, do pobre, do enfermo, do sem teto, dos que não se engajam numa pastoral. Os cristãos de origem, preocupados com o juízo final, criam formas pessoais para esperarem a volta do Cristo.

Enquanto é tirado do preguiçoso que fica sem nada, é dado ao trabalhador que já tem e fica mais rico. Pelas parábolas, entramos na sabedoria de Deus. Somos levados a conhecer a perspectiva escatológica. Pelo seu simbolismo, a Igreja consegue preparar melhor a segunda vinda do Cristo, tirar uma nova conclusão, produzir uma leitura moralizante: quem é fiel no pouco, também o é no muito.

Tiramos, assim, um sentido doutrinal, reconhecendo Jesus como um mestre de sabedoria.

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