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Ano A – 34º DOMINGO TC. NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO


Terminando o Ano Litúrgico, a Igreja nos convida a meditar sobre a realeza de Jesus Cristo. Mateus revela sua majestade no julgamento final, mostrando que Ele tem poder para exterminar os maus e salvar os justos. Vimos e refletimos, nos domingos anteriores, sobre a parusia, uma preparação próxima da escatologia.

O Evangelho de Mateus mostra para a Igreja a supremacia de Cristo, em 25,31-46, o que chamamos de últimos acontecimentos, ou escatologia:


O julgamento final, 25,31-46.

Chegando ao final do discurso escatológico, Mateus exorta a sua comunidade ao esforço espiritual e à fidelidade operante. É uma visão profética sobre o futuro próximo do encontro da Igreja com o seu pastor. Ele virá como o Filho do Homem acompanhado de seus anjos e sentar-se-á no seu trono como um juiz para julgar a todos. Mateus apresenta a vinda de Jesus para o juízo final. E como matéria desse julgamento são todos os povos, os mesmos a quem Ele enviou seus discípulos em missão (Mt 28,19). Será uma divisão universal na pessoa do pastor que separará os cabritos das ovelhas. Separará o joio do trigo, queimando o joio e recolhendo o trigo. Como o pescador, selecionará os peixes comestíveis dos que não servem para comer (13,47-50). Ele exporá, em plena luz, a identidade do homem. Em seguida soará a sentença proferida pelo Rei: a uns, a salvação, a outros, a condenação. O Filho do Homem agora é Rei. Jesus julgará com o poder real recebido na ressurreição: Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue (28,18). O Pai está na origem da salvação aos agraciados de sua bênção, e é reservada a condenação ao demônio e seus seguidores.

O critério para o julgamento será o que fizeram ou deixaram de fazer aos necessitados. A separação definitiva será fundamentada na prática do amor para com o próximo. Mateus lembra o que Jesus contou indo de Jerusalém para Jericó (Lc 10,29-37). As obras de misericórdia (Mt 25,35-40), acolhimento aos indigentes, aos famintos, aos sedentos, aos oprimidos, aos forasteiros, aos perseguidos. A base para o julgamento é de caráter humanitário, mas impregnado do espírito de Cristo e não mera filantropia. O parâmetro está centrado no acolher ou não o próximo. A opção em socorrer o pobre é opção para encontrar a identidade de Cristo. Mateus exorta a sua comunidade cansada a continuar a caminhada, indo ao encontro de Cristo que fará justiça, salvando ou condenando de acordo com o critério do amor. Mas Jesus tem diante de si a parábola do samaritano sensível à misericórdia para com os abandonados e desprezados. Ele tem diante de si os pobres declarados bem-aventurados como critério da sentença final. Jesus acolherá aqueles que o tiverem acolhido no pobre e rejeitará aqueles que o tiverem rejeitado. Serão desvelados os segredos dos corações[1].

[1] Extraído de Curso Pastoral Sobre Bíblia. Evangelho de Mateus, de José Barbosa de Miranda, pp 157-159

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