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Ano B – 17º DOMINGO DO TC PREPARAÇÃO REMOTA DA EUCARISTIA


Na história da Salvação, a Sagrada Escritura nos apresenta o relato do profeta Eliseu multiplicando os pães para saciar o povo faminto (2Rs, 4, 42-44). Era época de seca e fome na região. Deus não se esquece do seu povo e usa homens justos para agir em seu nome. Eliseu tinha herdado do profeta Elias os seus dons proféticos e agora se coloca a serviço de Deus para salvar seu povo. O que recebemos de Deus é para ser distribuído de graça aos carentes. O milagre quem faz é Deus, o homem é seu instrumento. Deus usa a história para se manifestar a seu povo, dando-lhe a vida em abundância. É DEUS AGINDO NA HISTÓRIA. Ao homem cabe confiar e se tornar servo, tornando-se instrumento de Deus. A multiplicação dos pães de cevada é uma prefiguração eucarística, uma imagem remota do Pão da Vida que será dado na Última Ceia do Senhor.

São João nos recorda o milagre da multiplicação dos pães (6, 1-15). São sinais que preparam a Eucaristia. O que fora preparado no antigo Testamento, esperado nos últimos dias, Jesus vai concluir e alimentar com o seu corpo. Neste relato percebemos, primeiramente, a fé imperfeita que leva a multidão correr atrás de Jesus “porque viram os sinais que fazia”. Dirigem-se ao monte já conhecido na Sagrada Escritura, pois foi ali que Jesus pronunciou o Sermão da Montanha, ali ele chamou os Doze, ali se deu a aparição da Ressurreição. São João nos fala do diálogo de Jesus com os seus, depois de sentar-se com eles, colocando-lhes um problema: “Onde compraremos pães para eles? Ela falava assim para pô-los à prova, porque sabia o que ia fazer”. Queria experimentá-los. Em seguida vem a cena central dominada por Jesus: TOMOU, ENTÃO JESUS OS PÃES, DEU GRAÇAS, DISTRIBUI AOS PRESRENTES, SACIADOS SOBRAM DOZE CESTOS. Jesus se dá com fartura. Este é um sinal em preparação para o grande BANQUETE EUCARÍSTIO. Jesus vai conduzindo seu povo para o encontro final. Alimentando-o com sua Palavra e com seu Corpo, formando a Igreja que vencerá o mal e não será destruída, mas será o meio eficaz de salvação.

Concluindo, São Paulo (Ef 4,1-6), nos exorta à perseverança na vocação de humildade, mansidão e longanimidade, onde o amor deva ser a marca de unidade no mesmo Espírito. Há um só Corpo e um só Espírito. É fácil identificar o espírito de unidade que o Apóstolo convoca, tendo como objeto o amor, mas realçando a profundida cristã que deve dominar todas as ações da comunidade. A verdade da Igreja sobressai pela prática das virtudes da humildade, mansidão e acolhimento vividas na comunidade.

Podemos, no final, rezar com o salmista:

Em ti esperam os olhos de todos

e no tempo certo tu lhes dás o alimento:

Senhor, abre tuas mãos

e sacias todo ser segundo vossa vontade (Sl 145, 15-16).

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